Você está preso em uma armadura!

Durante nossa vida lidamos com diversos momentos difíceis. São perdas, desilusões, dores, sofrimentos... e na maior parte das vezes esses momentos difíceis são parte do próprio curso da vida e de nosso processo de aprendizado e amadurecimento.

No entanto, dependendo da forma como fomos criados, do afeto e acolhimento que tivemos (ou que faltou) durante essas situações, principalmente na infância e adolescência, criamos uma espécie de armadura para tentar nos proteger do sofrimento.

Essa "armadura" geralmente é funcional quando criada. Ela protege aquelas partes mais vulneráveis que existem dentro de nós, evitando assim que o mundo externo (pessoas e situações) atinja essas partes que são muito sensíveis e dolorosas.

Mas com o tempo, podemos começar a usar essa armadura com muita frequência impedindo que tudo que for externo nos alcance, sejam essas coisas e pessoas boas ou não. (A armadura não faz essa distinção de bom ou ruim. Ela "protege de tudo").

Nessas situações é comum ter pessoas que passam a vida numa sensação de "normal". São pessoas que quando perguntadas como estão não conseguem falar que estão bem ou que estão mal, geralmente respondem que estão ok, ou ... normais.

Essa armadura que protege do mundo externo acaba também por aprisionar quem está dentro dela. São pessoas que muitas vezes se apresentam aos outros como frias e distantes, mas que no fundo estão profundamente sozinhas dentro de suas fortalezas metálicas e ESQUEMÁTICAS.

Essas pessoas precisam desesperadamente de acolhimento, de se sentirem verdadeiramente vistas. De perceberem que são importantes para os outros e para o mundo, mas que não sabem como e não conseguem fazer isso pois estão presas nesses mecanismos de defesa disfuncionais.

E você me pergunta: como tiro minha armadura Marcus Psi?

- Através do autoconhecimento construído pela psicoterapia.

Apenas através do autoconhecimento é possível perceber o que incomoda, onde incomoda, porque incomoda e construir estratégias válidas e funcionais para enfrentar essas questões.

Afinal, o que antes serviu para proteger é hoje justamente parte do que lhe causa sofrimento!